domingo, 1 de novembro de 2015

O Triângulo das Bermudas



O Triângulo das Bermudas  ou Triângulo do Diabo é um local cercado por lendas, mistérios e teorias. Trata-se de uma área triangular imaginária que fica localizada entre as ilhas de Bermudas, San Juan em Porto Rico, e Miami na Flórida, abrangendo uma área total de 1.3 milhões de quilômetros no oceano Atlântico. 
Este lugar é tido como palco de vários desaparecimentos em circunstâncias misteriosas ao longo de décadas, investigadores do local traçam os mistérios do lugar até Cristóvão Colombo e que os incidentes no triângulo das bermudas vão de 500 a não mais de 1000 incidentes. 
Alguns dos sobreviventes que conseguiram "escapar" do local, relataram que presenciaram eventos estranhos naquela região.




Um dos primeiros a documentar os estranhos desaparecimentos de barcos de passeio, aviões e navios nesta área foi Edward Van Winkle Jones em 1950, quando escreveu um artigo para o jornal Miami Rarold, nesta época Jones deu a esta área o nome de triângulo do diabo. 
Em 1952 George X. Sand fez uma matéria para a revista do Destino afirmando que de fato nesta área desapareciam muitas embarcações e aviões.
Em 1964 Vincent H. Gaddis escreveu um artigo para a revista Argosy, Gaddis foi quem cunhou o termo Triângulo das Bermudas, termo esse que acabou ficando mundialmente conhecido, um ano depois ele escreveu um livro chamado "Invisible Horizons: True Mysteries of the Sea" (horizontes Invisíveis: o Verdadeiro Mistério do Mar). 

No entanto, o lugar ficou mundialmente famoso quando o escritor de ficção e fantasia Charles Berlitz (1914-2003) escreveu dois livros relacionados ao local, o primeiro foi "O Triangulo das Bermudas" em 1974 que fez com que o mundo voltasse os olhos para o local.
Devido ao sucesso do primeiro livro com essa temática, três anos depois em 1977 ele escreveu "Sem Deixar Vestígios", em seus livros Chales Berlitz acredita que os fenômenos estranhos no Triangulo das Bermudas seria ocasionado por resquícios da tecnologia do lendário continente perdido de Atlântida, e que tais tecnologias permanecem ativas no fundo do mar até os dias de hoje.



Muitas foram as teorias para tentar explicar os misteriosos desaparecimentos de aeronaves e embarcações no triângulo das bermudas, as especulações vão desde extraterrestres, vórtices da quarta dimensão, campo magnético da terra, buracos de minhocas e resíduos de cristais da lendária Atlântida.




Buscando o aval da ciência e por explicações mais lógicas, o piloto e Escritor Norte Americano Lawrence David Kusche, escreveu um livro em 1975 intitulado de "The Bermuda Triangle: Mystery Solved" (O Triângulo das Bermudas: Mistério Resolvido), para Kusche, os números de acidentes naquela região não foram maiores do que em quaisquer outras partes do mundo e que tais tragédias ou aconteceram por falhas humana, ou por razões naturais e climáticas, Lawrence explica em seu livro que razões naturais poderiam ter ocasionados nos desaparecimentos de embarcações e aeronaves ao longo das décadas, uma das muitas teorias utilizadas por Kusche, seria os supostos bolsões de metano, onde devido a movimentações de placas tectônicas poderia ocasionar no rompimento do leito oceânico fazendo com que os gazes armazenados nesses bolsões escapassem chegando até a superfície marinha, estes gazes então tiraria a densidade da água tornando a embarcação muito pesada, este então afundaria muito rapidamente (ilustração abaixo). 



No caso de queda de aviões, Kusche nos dá outra perspectiva, se caso houvesse um desses vazamentos, o gás metano ao escapar pela superfície marinha então subiria, pois é mais leve que o ar, se no caso um avião passar por esse gás poderia ter o motor danificado, o gás metano poderia interferir na mistura de ar\combustível dentro do motor, ocasionando em queda, existe ainda os riscos de explosões, no caso de uma mínima fagulha ocasionada por motores de embarcações e aeronaves pois o metano é extremamente inflamável. 

Sobre o clima, Lawrence afirma que tempestades, ciclones tropicais, furacões e trombas d'águas podem se formar e se dissipar rapidamente naquela região, porém sendo poderosas o suficiente para afundar navios e derrubar aviões. 
Lawrence nos dá também uma explicação para a ausência de destroços sobre o mar, trata-se da
corrente do golfo que passa naquela região vindo do Golfo do México, passando entre o Estreito da Flórida e indo em direção ao Atlântico Norte, a corrente do golfo possui uma velocidade de 2,5 metros por segundo (6 mph), em essência a corrente do golfo é como um "rio dentro do oceano", e como um rio, tende a carregar objetos flutuantes, este fenômeno natural poderia sumir rapidamente com quaisquer resquícios de destroços, manchas de óleo e até mesmo corpos que estivessem sobre a mar.



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