segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

A Pedra do Ingá

A Pedra do Ingá é um sítio arqueológico composto por formações rochosas com 24 metros de comprimento por 2 e até 3,80 de altura, que fica localizada no município brasileiro de Ingá no estado da Paraíba, situado na margem do riacho Bacamarte que em tempos de enchentes cobre todo o monumento arqueológico.


Neste sítio arqueológico existem várias inscrições rupestres praticamente indecifráveis que foram entalhadas em baixo relevo na rocha, o lugar também já foi chamado de "Itaquatiara" pelos índios da etnia Potiguara que abitaram aquela região por muito tempo, Itaquatiara que na língua tupi-guarani, significa (pedra riscada ou pintada).

Atualmente a pedra do Ingá é o segundo sítio arqueológico mais importante do Brasil, ficando atrás somente do sítio arqueológico da Serra da Capivara que se situa no estado do Piauí. 

Neste notável monumento, existem vários tipos de desenhos e inscrições entalhados, não se sabe quem esculpiu tais inscrições, nem com qual propósito, estudiosos do local não sabem com total certeza os seus significados, o que existem são apenas especulações sobre as tais figuras.

As inscrições rupestres da pedra do Ingá foram separadas e classificadas pelos arqueólogos, as que representam seres humanos, foram classificadas como antropomorfas, os entalhes representando animais, foram classificados como zoomorfas, as que representam plantas, sementes e frutos, foram classificados como fitomorfos e por último, as que representam corpos celestes, foram classificadas como cosmogônicas.


Entalhe de Estrelas
Segundo alguns astrônomos que foram até a pedra do Ingá, afirmaram que de fato alguns dos desenhos esculpidos, representam corpos celestes como o sol, a lua e a constelação de Órion, existem ainda entalhas que representam estrelas cadentes caindo. 

Muitos estudiosos e pesquisadores que passaram pelo local, apontaram que as inscrições no conjunto rochoso poderiam ser de origens fenícias, um dos primeiros defensores e disseminadores desta tese foi o padre e educador brasileiros, Inácio de Souza Rolim (1800-1899).

No início do século XX um outro pesquisador, só que desta vez um austríaco chamado Ludwing Schwennhagen, que estudou por muito tempo as inscrições do Ingá, ele não só associou as inscrições as antigas escritas fenícias como também as escritas demóticas do antigo Egito, anos mais tarde ele publicou um livro chamado "História Antiga do Brasil" onde ele confirma esta teoria.

No entanto, a teoria mais aceita sobre as inscrições na pedra do Ingá veio dos pesquisadores e arqueólogos brasileiros, Dennis Motta e Vanderley de Brito, eles acreditam que as inscrições foram sulcadas por paleo-índios, que foram índios primitivos que certamente abitaram aquela região do Ingá entre 2.000 anos ou até mesmo 5.000 anos atrás e que no processo dos entalhes, foram utilizados ferramentas rudimentares como cinzeis (um tipo de talhadeira) feitas a partir de outras pedras menores.











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