Neste sítio arqueológico existem várias
inscrições rupestres praticamente indecifráveis que foram entalhadas em baixo relevo na rocha, o lugar também já foi
chamado de "Itaquatiara" pelos índios da etnia Potiguara
que abitaram aquela região por muito tempo, Itaquatiara que na língua
tupi-guarani, significa (pedra riscada ou pintada).
Atualmente a pedra do Ingá é o segundo sítio
arqueológico mais importante do Brasil, ficando atrás somente do sítio
arqueológico da Serra da Capivara que se situa no estado do Piauí.
Neste notável monumento, existem vários tipos de desenhos e inscrições
entalhados, não se sabe quem esculpiu tais inscrições, nem com qual
propósito, estudiosos do local não sabem com total certeza os seus significados, o que existem são apenas especulações sobre as tais figuras.
As inscrições rupestres da pedra do Ingá foram separadas e classificadas pelos arqueólogos, as que representam seres humanos, foram classificadas como antropomorfas, os entalhes representando animais, foram classificados como zoomorfas, as que representam plantas, sementes e frutos, foram classificados como fitomorfos e por último, as que representam corpos celestes, foram classificadas como cosmogônicas.
Entalhe de Estrelas |
Segundo alguns astrônomos que foram até
a pedra do Ingá, afirmaram que de fato alguns dos desenhos esculpidos,
representam corpos celestes como o sol, a lua e a constelação de Órion, existem
ainda entalhas que representam estrelas cadentes caindo.
Muitos estudiosos e pesquisadores que
passaram pelo local, apontaram que as inscrições no conjunto rochoso poderiam
ser de origens fenícias, um dos primeiros defensores e disseminadores desta
tese foi o padre e educador brasileiros, Inácio de Souza Rolim (1800-1899).
No início do século XX um outro pesquisador, só que desta vez um austríaco chamado Ludwing Schwennhagen,
que estudou por muito tempo as inscrições do Ingá, ele não só associou as
inscrições as antigas escritas fenícias como também as escritas
demóticas do antigo Egito, anos mais tarde ele publicou um livro chamado "História Antiga do Brasil" onde ele confirma esta teoria.
No entanto, a teoria mais aceita sobre
as inscrições na pedra do Ingá veio dos pesquisadores e arqueólogos
brasileiros, Dennis Motta e Vanderley de Brito, eles acreditam que as inscrições
foram sulcadas por paleo-índios, que foram índios primitivos que certamente
abitaram aquela região do Ingá entre 2.000 anos ou até mesmo 5.000 anos atrás e
que no processo dos entalhes, foram utilizados ferramentas rudimentares como
cinzeis (um tipo de talhadeira) feitas a partir de outras pedras menores.
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