As Pedras de Ica

Estas belas pedras com gravuras que representam seres humanos coexistindo com dinossauros, veio ao conhecimento público depois que o medico Dr Javier Cabrera Darquea foi presenteado por um amigo com uma pedra que serviria como peso de papel em seu 42º aniversário, tal presente havia uma ave mitológica entalhada.
O médico que era bastante interessado na pré-história Peruana passou a colecionar tais artefatos, a coleção do Dr Cabrera atingiu mais de 10.000 pedras até a década de 70.

Mais tarde o Dr Cabrera abandonou sua carreira de médico e abriu um museu para expor sua coleção, alcançando um grande interesse popular.

Chegou a publicar um livro onde discutia suas teorias e seus significados que foi intitulado de "As mensagens das pedras gravadas de Ica".

A busca pela veracidade de tais artefatos históricos começaram quando arqueólogos passaram a investigar as origens de tais pedras, na época o Dr Cabrera afirmou que havia comprado grande parte de sua enorme coleção depois que Basílio Uschuya, que era um fazendeiro da região, trouxe as pedras à sua atenção dizendo tê-las encontradas em uma caverna Próximo de Ica no Peru.

O tal fazendeiro foi preso mais tarde, acusado pelos arqueólogos de vender artefatos históricos, Uschuya disse à polícia que as pedras eram falsas e que ele mesmo as haviam produzidos. 

Com o decorrer das investigações Uschuya não chegou realmente a ficar preso e continuou a vendê-las para turistas como lembranças.

Em 1973 em uma entrevista com Erich Von Däniken (autor de Eram os Deuses Astronautas), Uschuya   afirmou que ele mesmo as havia falsificado copiando as imagens de histórias em quadrinhos.

Mais tarde em outra entrevista desta vez para um renomado jornal alemão ele voltou atrás dizendo, que na época havia inventado que tinha falsificado as pedras para se livrar da prisão, pois a lei peruana proibia a venda de artefatos arqueológicos.

Em 1977, durante um documentário da BBC chamado "Caminho para os Deuses", Uschuya produziu uma autêntica pedra de Ica depois de cozê-la juntamente com esterco de vaca e fazendo as gravuras utilizando-se de brocas de dentista.

Neil Steed um arqueólogo renomado, resolveu investigar os mistérios por detrás das pedras de Ica e concluiu-se que as inscrições em tais pedras eram muito recentes, Steed detectou ainda o uso de ferramentas abrasivas modernas.

Em 1996 outro estudo foi levantado, desta vez por Vicente Paris, também arqueólogo, concluindo que se tratava de uma fraude, Vicente demonstrou vestígios de tinta nas pedras, além de novamente ter detectado indícios de ferramentas modernas, Paris afirmou categoricamente que as pedras foram encontradas em rios ou terrenos, ou seja, ao ar livre e não em cavernas como Uschuya havia mencionado, pois as áreas adjacentes nas pedras sofreram com desgastes naturas ocorridos pelo tempo (sol, chuva, sereno) e também pelos séculos, disse ainda que as superfícies das inscrições não condizem com o tempo estimado em que os dinossauros habitaram a terra, as gravuras eram para estar parcialmente escurecidas, comprometidas ou completamente desgastadas pela a ação do tempo o que não é o caso das pedras de Ica, os sulcos das inscrições nas pedras parecem ser muito recentes.